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04/10/2018

Dicas para desenvolver a coordenação motora fina de crianças com autismo

coordenação motora fina

É fundamental que a coordenação motora fina das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) seja trabalhada desde cedo. A infância é uma fase cheia de descobertas que influenciará a vida como um todo.

Por isso, as habilidades desenvolvidas neste período são fundamentais para a evolução dessas crianças e têm impacto direto na comunicação e na capacidade de se expressar.

O que é coordenação motora fina?

A coordenação motora é a capacidade de sincronizar os movimentos com o cérebro e os músculos, ou seja, está diretamente relacionada ao andar, falar, pular, escrever e desenhar.

As duas últimas atividades estão diretamente relacionadas à chamada coordenação motora fina, que permite que as crianças realizem ações que exigem movimentos mais delicados, como pintar, recortar, encaixar, montar, abotoar, desenhar, entre outros.

Utilizando os músculos pequenos das mãos, garantindo maior precisão, essas habilidades motoras são desenvolvidas aos poucos, de acordo com a idade.

No entanto, atividades que parecem simples e cotidianas para alguns são desafiadoras para as crianças com autismo.

Para ultrapassar a barreira da dificuldade, é importante que essas crianças brinquem e participem ativamente das atividades descritas acima.

Afinal, como sabemos, o simples brincar é terapêutico para o autista, já que além de criar uma sensação maior de segurança, auxilia a comunicação, a interação social e o desenvolvimento.

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Atividades relacionadas à coordenação motora fina

Para garantir o desenvolvimento das habilidades, é importante que os pais e educadores identifiquem as barreiras e dificuldades encontradas pela criança com autismo.

Há casos nos quais elas rasgam as folhas devido à força colocada no lápis ou arrancam o botão da camisa. Nessas situações, o ideal é trabalhar a pressão, identificando a força muscular do pequeno, por exemplo.

Ainda neste contexto, algumas práticas simples podem ajudar, e muito, essas crianças. Brincadeiras como mexer com massinhas de modelar e encaixar objetos são alguns dos exemplos de atividades que podem inspirar a criança e trabalhar a coordenação motora fina.

Confira outras opções:

Separar grãos

Colocar em um mesmo recipiente dois ou mais tipos de grãos e depois pedir à criança para separá-los exercita a mente e o controle dos dedos.

Dados ou argolas coloridas

Pedir que as crianças juntem dados ou argolas por cores permite que elas estimulem o cérebro e desenvolvam os movimentos das mãos.

Brincadeiras com objetos lúdicos

Massinha, argila, entre outros itens, são fundamentais para que a criança desenvolva suas habilidades, já que despertam a curiosidade e a imaginação. É importante apenas se assegurar que a criança não terá alguma reação negativa com essa brincadeira, já que os autistas tendem a ter hipersensibilidade.

Fazer dobraduras

Dobrar, rasgar ou enrolar papéis desenvolvem a mente e estimulam a coordenação motora fina, a criatividade e a interação social.

Entre outras atividades, destacam-se ainda colagem, desenho, coloração, pintura com tinta, lápis de cor e giz de cera, recortes, decupagens, bordados no papel.

Há também ações simples, como abotoar e desabotoar botões, abrir e fechar zíper e velcro e amarrar sapato com cadarço.

Em qualquer atividade de coordenação motora fina é fundamental garantir um ambiente propício ao desenvolvimento e o acompanhamento correto de pais e educadores.

Gostou do nosso artigo? Espero que sim! Caso haja algum assunto relacionado ao autismo que você tenha dúvidas, deixe sua sugestão em nossos comentários e fique à vontade para compartilhar nossos materiais nas redes sociais!

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4 Comments on “Dicas para desenvolver a coordenação motora fina de crianças com autismo

solange Catta -Preta
10/10/2018 em 19:20

Muiti bom! Amei😍

Responder
Esporte e inclusão
12/06/2020 em 14:25

Muito obrigado!!!

Responder
Marta
26/10/2018 em 19:17

Gostaria de saber quando a criança foi decorada com autismo muito tarde e tem a coordenação motora fina comprometida,o que pode ser feito para melhorar e se tem como reverter isso

Responder
Esporte e inclusão
12/06/2020 em 14:27

Marta, estudos apontam que a taxa de déficits motores em pessoas com tea é muito alto mas com a intervenção de um profissional de educação física capacitado, com certeza vocês verão resultados.

Responder

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