Boxe para crianças com autismo: benefícios e cuidados
As Olimpíadas de Tóquio certamente despertaram nas crianças e jovens o desejo de praticar esportes como boxe, futebol, vôlei, skate, ginástica artística, natação, entre outros.
Eu, como professor de Educação Física, sempre incentivei a prática destas atividades e penso que todas elas podem ser adaptadas para ajudar no desenvolvimento de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista.
Cada criança tem uma necessidade, por isso é importante contar com a orientação de um profissional para indicar o tipo de esporte ou atividade física que vai oferecer o maior número de benefícios para a criança ou jovem.
O mais indicado é que a pessoa com autismo comece a praticar as atividades de forma lúdica para que crie algum tipo de conexão e possa se abrir e mergulhar na proposta que está sendo oferecida.
Desta vez vamos falar do boxe. Para algumas pessoas é apenas um esporte violento, mas quando praticado com seriedade, pode oferecer uma série de benefícios para o corpo e para a mente.
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Como o boxe pode ajudar crianças e jovens com TEA?
Uma das principais habilidades que os esportes de luta oferecem é a disciplina. Algumas crianças com autismo apresentam dificuldade na hora de entender às regras, e os esportes de luta dependem muito de obediência para serem executadas.
O desenvolvimento físico é notório, pois o boxe trabalha com intensidade os músculos dos braços, das pernas e do abdômen. Os movimentos deste esporte também ajudam na melhoria do reflexo, da orientação espacial, da postura, da coordenação motora e da autoconfiança.
A socialização, um dos desafios para muitas pessoas com autismo, é trabalhada nas aulas de boxe, já que o aluno precisa inicialmente aprender os golpes no saco e depois praticá-lo com um colega ou professor.
Assim como toda atividade física, o boxe melhora a saúde mental. Libera endorfina, que é o hormônio do bem-estar, e, por isso, reduz o estresse e melhora a qualidade do sono.
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