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15/04/2021

Integração social: como estimular os autistas durante as atividades físicas?

Integração social

Cada criança com autismo tem seu jeito particular de encarar o mundo, mas a integração social é um desafio para todas elas, em menor ou maior grau.

Entendemos por integração social a capacidade que uma pessoa apresenta de conviver com outras pessoas, de desenvolver autonomia para ser mais feliz e ter mais qualidade de vida em sociedade. Dentro de integração social está a interação social, que diz respeito à troca de vivências e experiências com outras pessoas.

Dentro do espectro autista, a integração social não é um processo simples. Por isso, é importante conhecer as particularidades de cada pessoa com TEA para que o processo de interação social e de convivência com outras pessoas se desenrole de maneira leve e no tempo dela.

Nesta hora, a boa comunicação com a família e com todos os profissionais que acompanham o desenvolvimento da pessoa com autismo é a base para que todos saibam tomar as decisões mais assertivas para auxiliar no desenvolvimento da criança.

Eu, como professor de Educação Física, tenho o desafio de desenvolver as crianças com autismo através da atividade física. E digo para você que cada pessoa com TEA é única, o que faz com que o processo de integração social seja realizado de maneira personalizada.

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Os passos da integração social durante os exercícios

Toda e qualquer atividade possui regras, mas precisam passar por adaptações quando falamos de pessoas com autismo. É importante que elas sejam acessíveis para facilitar o entendimento e prática pelo aluno.

Uma vez que o autismo é um espectro, ou seja, se manifesta de formas diferentes em cada pessoa, o profissional precisa estar atento para adequar o exercício à criança, permitindo que ela execute os movimentos em prol do seu desenvolvimento.

Trabalhar as sensibilidades sensoriais da pessoa com TEA também pode minimizar a resistência à atividade e, consequentemente, à interação social. Bolas e demais objetos com cores, texturas e sons podem facilitar a conexão e despertar o interesse pela atividade.

A integração social da pessoa com autismo também depende das outras pessoas não autistas que participam das atividades. Ao entender as particularidades do colega, saberão viabilizar o contato e adaptar as regras para que a atividade coletiva seja bem-sucedida.

O importante é que a criança com TEA seja trabalhada de maneira individual e só depois seja colocada dentro do grupo para dar sequência às atividades. Este aquecimento torna a relação entre as crianças mais produtiva e divertida.

Resumindo:

  • Conheça as particularidades da criança com TEA para definir o melhor plano de integração social
  • Crie uma boa comunicação com a família e demais profissionais para que todos participem do processo ativamente;
  • Trabalhe individualmente a criança para prepará-la para a inserção no grupo durante a atividade física;
  • Comunique as crianças não autistas das diferenças do colega com TEA para que todos possam brincar juntos e de maneira saudável.

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Gostou do artigo sobre livros infantis? Eu acredito que estes personagens muito especiais vão ajudar leitores de todas as idades a compreenderem melhor o universo autista.

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