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14/04/2022

Existem diferenças no cérebro de meninos e meninas com autismo?

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Há diferença entre meninos e meninas com autismo? De acordo com um estudo recém-publicado no The British Journal of Psychiatry, sim, existe diferença do TEA por conta do sexo e todos os diferenciais devem ser considerados na hora de realizar um diagnóstico e acompanhamento.

Atualmente, sabe-se que os sintomas do autismo podem variar conforme sexo e idade da criança. Porém, com o novo estudo, os atuais precedentes são atualizados e validam cientificamente essa diferença.

O estudo aprofundado também permite a realização de diagnósticos mais precisos, acelerando o início de um cuidado adequado para oferecer mais qualidade de vida para a criança e para a família.

Qual estudo fala sobre as meninas com autismo?

O estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, realizou ao todo 773 ressonâncias magnéticas funcionais.

Deste número, 637 eram meninos e 136 eram meninas. Após compilar todos os dados, o estudo recorreu à inteligência artificial e criou um banco de dados com exames cerebrais, que considerava as informações recentes e outros exames ao redor do mundo.

Na sequência, o estudo da Universidade de Stanford utilizou a IA para mapear e encontrar padrões entre os grupos de meninos analisados. Isso acelerou o processo de identificar as diferenças apresentadas por meninos e meninas com autismo.

Ao fim dos testes, o algoritmo responsável pela identificação entre meninos e meninas ficou com 86% de precisão ao considerar as varreduras das crianças diagnosticadas com TEA.

Já ao considerar exames de meninos e meninas com desenvolvimento típico, o algoritmo não soube identificar o sexo das crianças. Portanto, as conclusões se limitavam apenas às crianças já diagnosticadas com TEA.

LEIA MAIS: Estudo aponta a genética como principal causa do autismo

Diferenças entre meninos e meninas com autismo

As meninas com autismo têm diferenças nos sistemas de atenção motora, linguística e visuoespacial, que é a capacidade de perceber a dimensão de espaço, imagens e sensações.

Entre todos os pontos de distinção, destaca-se o grupo de áreas motoras formadas por córtex motor primário, área motora suplementar, córtex occipital parietal e lateral, e giros temporais médio e superior.

De acordo com o estudo, conforme mais similaridade com os meninos, maiores são as chances de meninas com TEA terem centros motores mais perceptíveis. Outro ponto levantado pela Universidade de Stanford é que as meninas não têm tanta deficiência na hora de falar em comparação aos meninos.

O recente estudo desperta a possibilidade de diagnósticos mais precisos com base na inteligência artificial. Na prática, os precedentes abertos pela Universidade de Stanford permitem crer em diagnósticos mais ágeis, especialmente no caso de meninas com autismo.

Interessante, não é mesmo? A cada dia, mais estudos surgem desvendado o universo do autismo e abrindo portas para novos olhares diante do diagnóstico.

Aqui no Esporte e Inclusão temos diversos artigos sobre Transtorno do Espectro Autista. Para ver nossos outros artigos, clique aqui.

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